domingo, 30 de setembro de 2012

O que está acontecendo?



Esta é a pergunta que venho me fazendo há semanas. E não tenho uma resposta convincente, pelo menos pra mim.
Eu nunca fui a "coragem" em pessoa, mas também não ou tão largada assim
Nunca tive ajudante fixa em minha casa. Nunca achei que precisasse.
fiz tudo até o 7º mes de gestação. Limpava casa, lavava roupa(na mão), passava e ainda fazia comida. Todo dia.
Ruan nasceu e continuou assim. Eu deixei a arrumação mais caprichada de lado pra cuidar dele. E por que eu nunca pedi ajuda pra alguém? Simples.
Na minha recém cabeça de mãe, eu achava que iam me tachar de folgada, porque ele simplesmente não dava trabalho nenhum e eu achando que dava conta.
Hoje vejo que poderia ter sido diferente, mas agora não dá mais pra chorar o leite derramado. Já era!
Ruan hoje está com 5 anos. É uma criança com paralisia cerebral leve.
Caminha, sobe em tudo, pula em cima da cama, anda de bicicleta ainda com rodinhas, come sozinho e outras coisinhas.
É autista. Tem muitos trejeitos e movimentos esteriotipados.
Adora coisas que rodam como: ventilador, pneus(carro ,bicicleta), observar o movimento da maquina de lavar. Qualquer coisa que rode, chama sua atenção facilmente e ele fica lá, se deixar, o dia todo.
Ainda não fala, não estuda (depois explico). Sua linguagem é não verbal.
Não é surdo, nem mudo.
Está muito esperto, graças a Deus.
Sou muito grata a Ele por ter feito tanta coisa linda na vida do meu filho.
Mas ultimamente, não tenho tido muita paciência com nada, tenho me estressado fácil demais e quando vejo, já estou explodindo.
Nã sei, se pelo fato de estarem me acusando de coisas que não fiz.
Sabe quando te acusam e te tratam como eterna culpada sem perdão? É assim que estou me sentindo. Embora eu saiba que sou inocente nesta história toda, mas dói muito isso.
Sei que não devo ligar pra essas coisas, nem descontar em ninguém e só entregar pra Deus mesmo, mas tem uma hora que a gente cansa.
PERDOAR. É tão difícil, mas necessário.
o Rancor e mágoa corroem a gente aos poucos.
E o resultado disso, tem estado cada vez mais visível no meu cotidiano.
As vezes grito com o marido pra responder uma simples pergunta que ele me fez. sem total controle.
E com meu filhotinho também. Muitas vezes, estamos só eu e ele em casa e perco a paciência porque ele começa a fazer birra. Acabo brigando e até dou umas palmadas, sem ao menos ter conversdo com ele, daí ele chora e vem com aquela carinha pra perto de mim todo sentido, como quem pede desculpas. E eu me sinta uma monstra, pois era eu quem deveria pedir desculpas a ele. me sentindo a pior mãe do mundo, dou-lhe um abraço e choro, choro muito.

A gente sempre erra, não somos perfeitas.
E fico pensando em como ele vai me ver quando crescer. Por que ele já entende tanta coisa, que eu  nem imaginava e me dar uma dor tão grande.
Medo de não ser a mãe, que ele precisa, de falhar nas coisas mais bobas.
A verdade é que estou tentando ainda esquecer, mudar essas coisas e seguir em frente sendo uma pessoa melhor.
Não quero ser mãe perfeita e acho, que isso em existe, mas quero ser a mãe que meu filho precisa, pra ser feliz, sabendo que é amado.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Novos Rumos e Sonhos

Olá queridas!
Bom no post passado mencionei que havia parado de estudar por conta do tratameno do pequeno.
Tive várias chances de voltar e até tentei, mas não deu certo. Eu deixava o Ruan com a minha mãe e ia pra escola com o coração na mão. Não conseguia me concentrar na aula. Ficava pensando se ele estava bem, se estava se alimentando direito, enfim não me concentrava mesmo.
Meu coração só aliviava quando eu encontrava ele. Parece que tirava um peso das minhas costas.
Então o tempo foi passando e vejo que tá passando rápido demais. Parece que foi ontem que descobri que estava grávida e hoje já tenho um rapaz de 5 anos.
Então desde que ele começou a fisioterapia, eu não sabia mais que carreira seguir.
Quando eu era criança já quis ser advogada, psicóloga, biológa, enfermeira, médica e por aí vai.
Nós íamos pra Apae 3 vezes por semana. A fisioterapeuta dele era um amor de pessoa. Sempre respondia todas as minhas perguntas com muita paciência. E tinha que ter mesmo por que eu  perguntava tudo.
Então decidi que quero fazer fisioterapia. Me apaixonei por essa profissão, que exige cuidado e carinho, e mais do que isso. Não expressa só um serviço e sim o real amor ao próximo. Ajudando quem quer que seja, nas suas limitações e lutando junto por avanços e conquistas.
Daí que mes passado conversei com o marido sobre terminar os estudos e ele me apoiou forçadamente.
Não voltei pra sala de aula, mas estou estudando em casa. Acho que não tenho mais "saco" e nem paciência.
Estou fazendo o NEJA, que é um programa do governo pra quem quer terminar os estudos rápido.
Eu vou na escola, pego as matérias, estudo uma semana e volto lá pra fazer as provas.
Assim que eu terminar de fazer e passar nas 20 matérias, já posso prestar o vestibular no fim do ano.
Graças a Deus aqui na minha cidade já tem uma faculdade com esse curso que quero, assim não precisarei me deslocar para outra cidade.
É isso! Agora é ter fé, determinação e lutar cada dia mais, afinal a vitória não será só minha. Será daqueles que sonharem esse sonho junto comigo.
Beijos!!
                                                                                       imagem do google

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